Feliz ano novo astrológico
Hoje, dia 20 de março, começa o outono no nosso hemisfério sul e a primavera no hemisfério norte. A data também marca o início do novo ano, segundo a tradição astrológica. Já no próximo dia 27 começa o ano Cósmico. E, até lá, no dia 25, tem início um novo ciclo, quando Vênus faz conjunção com Sol. Como toda essa movimentação cósmica nos afeta? Se você vem sentindo uma sensação de inadequação, como se fosse um “peixe fora d água”, não se assuste. É isso o que os astros provocam em nós, neste momento, segundo o astrólogo José Maria Gomes Neto.
“Estamos em um momento em que vários ciclos, dentro de ciclos, caminham para o final de uma época. Isso significa grandes mutações, ou seja, mudança de paradigma”, observa Neto.
No Brasil, essa nova fase começou exatamente às 7h29, quando o sol entrou no signo de Áries, trouxe uma nova estação, o outono, e deu início ao novo ano astrológico. Neto explica que a força arquetípica desse momento se traduz na palavra “começo”. O impulso será a busca por fazer algo novo, ter uma rotina diferente, rever objetivos e almejar outros horizontes. Por isso, essa sensação de inadequação pode tomar conta de muitas pessoas, por esses dias.
Sobre o ano Cósmico, ele tem início quando o dia e a noite têm exatamente a mesma duração. Isso, segundo Neto, acontecerá no próximo dia 27 de março, quando o primeiro filete de lua nova surge no pôr do sol. É a Lua Nova de Áries entrando em cena. Dois dias antes, Vênus estará mais próxima da Terra em conjunção com Sol, algo que acontece a cada oito anos.
“Vênus e Sol entraram em Áries em 1929. A cada ciclo, Vênus anda um pouco para trás e, em 16 anos, chegará ao grau zero. Ou seja, Vênus vem varrendo o ciclo de Áries que é a força arquetípica do começo. Então, o chamado dentro da gente para começar algo novo na nossa vida vai se intensificando, ganhando senso de urgência porque esse ciclo termina em 16 anos. Um bom exercício, é pensar como estávamos em 2009 e como estamos agora e perceber os movimentos que fizemos”, afirma o astrólogo.
Vênus é o planeta do Sistema Solar mais próximo da Terra. Após sua conjunção com o astro Rei, também passará por uma transformação: desaparecerá do céu por 7 dias e, de “estrela vespertina” se tornará matutina. Revisitando mitos e lendas, como conta Neto, “Vênus lutará contra os senhores da noite para renascer” de uma outra maneira.
“O simbolismo desse momento é o despertar do coração espiritual das pessoas. Um mergulho que as pessoas farão em direção a si mesmas. Isso implica em encarar fantasmas para mudar de crenças, romper com antigos modelos. É preciso coragem para enfrentar os senhores da morte e entrar em um novo ciclo”, explica Neto.
Esse novo ciclo, que chega em um momento de mudança de paradigma, tende a altera o foco das pessoas. Sai o “eu”, entra o “nós”. Ao invés de se perguntar “como faço para obter algo?”, a pergunta passará a ser “onde melhor posso contribuir?”.
Não bastassem todos esses ciclos, existe ainda um, mais abrangente, que acaba em 2020, quando a tão propalada Era de Aquário finalmente entrará em cena, em substituição à Era de Peixes. Na verdade, entrarão em cena os primeiros 200 anos da Era de Aquário. Nesse momento, segundo Neto, chegará ao fim o “ciclo do ter”:
“A simbologia da nova era mostra a ânfora virada de cabeça para baixo. São pessoas que esvaziam o pote para receber água nova. Isso demonstra uma atitude corajosa. Quando se está com o pote cheio de água, a tendência é o apego, é o medo de perder o que se conquistou. Permitir-se esvaziar o pote é a atitude da Era de Aquário porque, só assim, água nova entrará” .