Rio Refugia transforma Sesc Tijuca em pequena ONU por um dia
A terceira edição do Rio Refugia será realizada hoje, 20 de junho, quando se celebra o no Dia Mundial do Refugiado. A data foi instituída em 2001 pela Organização das Nações Unidas.
Das 8h às 18h, o Sesc Tijuca vai se transformar em uma pequena ONU, com manifestações culturais de diferentes países. Na feira gastronômica, estarão presentes gostosuras das culinárias nigeriana, venezuelana, síria, haitiana, congolesa, colombiana e senegalesa.
Serão oferecidas várias oficinas culturais como de brinquedos populares venezuelanos, caligrafia árabe, tatuagem de henna, turbantes, percussão de tambores e danças afro e salsa, entre outras. Faz parte da programação musical apresentações do DJ Rajão (ritmos africanos) e do Coral do Rei (coral composto por angolanos e congoleses).
De acordo com dados da Agência da ONU para refugiados, o ano de 2017 foi o maior em número de pedidos de refúgio, no Brasil, desconsiderando a chegada dos venezuelanos e dos haitianos. Foram 13.639 pedidos no ano passado; 6.287 em 2016; 13.383 em 2015 e 11.405 em 2014.
No total, 33.866 pessoas solicitaram o reconhecimento da condição de refugiado no Brasil em 2017. Os venezuelanos representam mais da metade dos pedidos realizados, com 17.865 solicitações. Na sequência estão os cubanos (2.373), os haitianos (2.362) e os angolanos (2.036). Os estados com mais pedidos de refúgio são Roraima (15.955), São Paulo (9.591) e Amazonas (2.864), segundo dados da Polícia Federal.
De acordo com o relatório do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) “Refúgio em Números”, o Brasil reconheceu, até o final de 2017, um total de 10.145 refugiados de diversas nacionalidades. Desses, apenas 5.134 continuam com registro ativo no país, sendo que 52% moram em São Paulo, 17% no Rio de Janeiro e 8% no Paraná. Os sírios representam 35% da população refugiada com registro ativo no Brasil.
Para o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o Dia Mundial do Refugiado é uma oportunidade para “homenagear a coragem, a resiliência e a força de todas as mulheres, homens e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos armados e perseguições”.
O Sesc Tijuca fica na Rua Barão de Mesquita, 539.
Íntegra da 3ª edição do relatório do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), "Refúgio em Números”
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