Exposição sobre Darwin, mulheres cientistas e em memória ao Museu Nacional são opções de programação
A trajetória de Charles Darwin e sua revolucionária teoria da Evolução das Espécies ganhou uma exposição que começa hoje (sexta-feira, 30), no Museu do Meio Ambiente, localizado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Além de “Darwin Origens & Evolução”, outras duas “atrações científicas” também serão opções de programação gratuita, neste final de semana, na cidade: a série de oficinas “As Incríveis Mulheres Cientistas” e o Festival Museu Nacional Vive 2019.
Darwin Origens & Evolução
Em 2019, foram completados 210 anos do nascimento do naturalista inglês Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução, e 160 anos da publicação de “A Origem das Espécies”, livro que revolucionou a ciência e marca o início da biologia moderna.
A exposição faz parte das comemorações. A mostra passeia pela trajetória da ciência antes, durante e depois das descobertas de um dos mais conhecidos e importantes cientistas da história e apresenta elementos de suas pesquisas e viagens, incluindo sua passagem pelo Brasil - em 1832, o naturalista atracou o navio Beagle, no país, por cinco meses. Ele esteve na Bahia e no Rio de Janeiro, onde visitou o próprio Jardim Botânico.
Com 295 peças, a mostra vai explorar o longo caminho percorrido por Darwin até sua famosa teoria. Para isso, serão utilizados obras de artistas contemporâneos, atividades interativas, coleções botânicas, peças de origem animal como insetos, crânios e fósseis, iconografia histórica, obras raras, gravuras, fotos, textos críticos e reportagens de época.
A exposição também vai abordar o desenvolvimento da produção científica no país, incluindo a inauguração de instituições como o Museu Nacional e o Jardim Botânico, além do intercâmbio de informações que cientistas residentes no Brasil mantiveram com Darwin.
Dividida em quatro partes (“A ciência antes de Darwin”; “Um novo tempo”; “A jornada do Beagle” e “A origem das espécies”), a exposição apresenta seis obras de artistas contemporâneos em ascensão na cena das artes visuais, em uma conversa entre arte e ciência.
Ao longo dos ambientes da exposição, serão apresentadas obras dos brasileiros Gisela Motta e Leandro Lima - "DNA" (painel) e "Anti horário" (videoarte); Thiago Sant’Anna - "Refino"(videoarte); Paulo Nazareth - "Mi imagem de hombre exótico" (fotos); Fernando Lindote - "O Guardião fala II" (óleo sobre tela) e a dinamarquesa Marika Siedler - "Rapas" (videoarte).
Serão apresentados também, pela primeira vez no Brasil, reproduções de gravuras e ilustrações do norueguês Peter Brandt, que ilustrava o trabalho de campo do dinamarquês Peter Lund, considerado o pai da Paleontologia no Brasil. Outro destaque é a exibição de três dioramas criados especialmente para a exposição pelo artista de teatro Bruno Dante, exibindo parte da história da produção científica no Brasil.
A exposição, que poderá ser vista até 30 de outubro, trará ainda obras do naturalista e ilustrador João Barbosa Rodrigues, que dirigiu o Jardim Botânico entre 1890 e 1909. Este ano completaram-se 110 anos de sua morte e seu trabalho é reconhecido pela relevância que teve para o conhecimento da diversidade vegetal brasileira.
A visitação poderá ser feita de terça a domingo, das 10 às 18 horas, com entrada até as 17 horas.
As incríveis mulheres cientistas
Amanhã, sábado (31), no Espaço Ciência Viva, na Tijuca, serão realizadas oficinas e atividades para apresentar as mulheres cientistas do Brasil e do mundo e suas descobertas. As atividades acontecem das 14h às 18h. O Espaço fica na Avenida Heitor Beltrão 321.
Conheça as participantes
Festival Museu Nacional Vive 2019
No dia 2 de setembro de 2018, o Museu Nacional foi destruído por um incêndio. Neste final de semana, a data será lembrada com atividades que celebram a ciência, cultura e tecnologia.
Na Alameda das Sapucaias, na Quinta da Boa Vista, será montada uma exposição de fósseis e outra de arqueologia, quando o público será convidado a colorir imagens impressas de peças resgatadas do incêndio.
Jogos de tabuleiro, pinturas com crianças e oficinas de stencil serão usadas para passar informações sobre o museu. A oficina Renascer das Cinzas realizará entrevistas com o público para construir um “Mapa de Memórias e Desejos para o Museu”. No documento, as pessoas poderão produzir desenhos e colagens com base em suas experiências pessoais e seus desejos para o futuro da instituição.
Todas as atividades vão acontecer das 10 às 16h.
Veja a programação completa
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