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Ambev anuncia construção de parque eólico na Bahia para produção de Budweiser

Em uma área de 1.600 hectares, na Bahia, a Ambev vai construir um parque eólico com potência superior a 80 MW para ser usado na produção de Budweiser, no país. De acordo com comunicado divulgado, hoje, pela assessoria de imprensa da cervejaria, a marca, até 2022, terá sua produção e distribuição no Brasil feitas integralmente com energia limpa. Por conta da estratégia de marketing relacionada com o assunto, o município onde será construído o parque não foi informado, neste momento.

A previsão é que o projeto fique pronto no início de 2022 e se torne responsável pelo abastecimento energético integral das cinco fábricas que produzem Budweiser no país. Segundo o informe enviado para a imprensa, com a iniciativa da cervejaria, 20 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) deixarão de ser emitidas, por ano, o que representaria a retirada de circulação de 35 mil carros das ruas, no mesmo período.

O parque será construído em parceria com a Casaforte Investimentos, uma gestora de investimentos em private equity – transação financeira em que o investidor se torna sócio do negócio com participação efetiva na sua gestão.

Ventos baianos

No próximo mês de dezembro, completa 10 anos do primeiro leilão competitivo exclusivo para energia proveniente de fontes eólicas, realizado pela Aneel (agência Nacional de Energia Elétrica). Em uma década, o país saiu do zero para se tornar o 8° maior produtor de energia eólica no mundo, de acordo com dados da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica).

Atualmente, a Bahia conta com 102 projetos em operação, totalizando uma capacidade instalada de 2.525.841 kW, o que coloca o estado como o segundo maior, no país, em produção de energia eólica, atrás somente do Rio Grande do Norte, com 136 usinas e 3.678.856 kW de potência instalada.

Há ainda outros 71 empreendimentos em construção e 61 projetos que iniciarão as obras nos próximos anos. Estes conjuntos de parques estão sendo desenvolvidos em 23 municípios. Desse total, 11 estão na Chapada Diamantina, nos municípios de Bonito, Brotas de Macaúbas, Cafarnaum, Campo Formoso, Dom Basílio, Gentio do Ouro, Itaguaçu da Bahia, Morro do Chapéu, Mulungu do Morro, Ourolândia e Várzea Nova.

O primeiro complexo eólico baiano (foto) começou a operar em 2011, em Brotas de Macaúbas. Atualmente, é controlado pela Statkraft Energias Renováveis, multinacional com sede em Oslo, a capital da Noruega.

Dados do Governo do Estado da Bahia

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