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Sônia Apolinário

Casa que pertenceu à cantora Maysa em Maricá será museu

A Prefeitura de Maricá (RJ) comprou a casa que pertenceu à cantora Maysa Matarazzo, na Praia de Cordeirinho. O imóvel vai integrar o Caminho das Artes do qual farão parte as casas que pertenceram à cantora Beth Carvalho e ao antropólogo Darcy Ribeiro.



A cerimônia de assinatura da aquisição da propriedade foi realizada hoje (terça-feira, 13 de julho) e contou com a presença do diretor de cinema Jayme Monjardim, filho de Maysa. A casa teria sido comprada por R$ 3 milhões.

O imóvel da cantora foi construído em estilo grego e projetado pelo cenógrafo Gianni Rato, que a dividiu em três planos: plano da realidade e do território; o plano da memória e o plano do sonho.


Carioca, filha de um barão, ex-mulher de um milionário, Maysa se refugiou em Maricá em 1972, quando vivia uma fase de grande depressão. Cinco anos depois morreria, aos 41 anos, vítima de um acidente na Ponte Rio-Niterói, quando retornava para casa, depois de participar da cerimônia de casamento de seu filho Jayme. Os dois viveram muitos anos separados e haviam se reconciliado pouco tempo antes do acidente. Nos últimos anos, Jayme utilizava o local como casa de veraneio.


O Museu Casa Maysa terá acervo formado por 20 mil textos entre cartas manuscritas; letras de músicas escritas em guardanapos; fotos; pinturas; músicas que não foram gravadas; e publicações de jornais da época, entre outros objetos pessoais.


No mês passado, a prefeitura de Maricá adquiriu a casa de veraneio que pertenceu à sambista Beth Carvalho (1946-2019), também na Praia de Cordeirinho. O local será transformado no museu Madrinha do Samba. O imóvel foi adquirido por R$ 1,5 milhão. Como está mal conservado, terá que passar por reformas estruturais.



A casa do mineiro Darcy Ribeiro (1922-1997), também na Praia de Cordeirinho, já é uma atração turística da cidade, com visitação aberta ao público. O imóvel foi projetado por Oscar Niemeyer. Tem 11 cômodos, quintal e piscina. Em 2009, passou a ser administrado pela prefeitura de Maricá, que a reformou em 2011. O ex-prefeito Washington Quaquá chegou a manter um gabinete na casa.


O próximo “alvo” da prefeitura é a casa onde residiu o jornalista João Saldanha (1917-1990), que já batiza uma rua de Maricá. A ideia é fazer do local um museu dedicado ao futebol e integrá-lo ao circuito cultural do Caminho das Artes


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