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Sônia Apolinário

Catharina Sour de cupuaçu e cacau aumenta o portfólio da cervejaria Noi

“A Noi que o cupuaçu abunda” é o nome do mais recente lançamento da cervejaria de Niterói (RJ). Trata-se de uma Catharina Sour com cupuaçu e cacau. Parte das vendas dessa cerveja será revertida para a ONG Panthera Brasil, que trabalha pela conservação da onça-pintada e outros felinos brasileiros.

Natural de Rondônia, Guilherme Zanin, o mestre cervejeiro da Noi, buscou inspiração nas suas origens para criar a receita, apresentada ao público no Mondial de la Bière do ano passado. Até então, a cerveja tinha sido produzida em pequenos lotes de 250 litros, na cozinha experimental anexa à fábrica da marca, em Itaipu. Agora, se tornou o décimo terceiro rótulo de linha da cervejaria. Com 5,1% ABV e 6 IBU, chega ao mercado em lata de 473ml.

“A Catharina Sour é conhecida como o primeiro e, até hoje, único estilo original do Brasil, em concursos cervejeiros. É uma cerveja leve, refrescante, ácida e praticamente sem amargor, perfeita para os nossos dias quentes. O Guilherme trouxe o cacau e o cupuaçu, fruto típico da Amazônia brasileira, por lembrar sua infância e representar a brasilidade do estilo. De quebra, ele sugeriu o nome que é uma brincadeira comum na região, substituindo apenas a palavra mata pelo nome da Noi”, comenta Bárbara Buzin, diretora da marca.

A expressão a que ela se refere é “A mata que o cupuaçu abunda”, um trocadilho relacionado com a fartura do fruto na região norte do país. O cupuaçu é proveniente de uma árvore originária da Amazônia, “parente” do cacaueiro. É muito usado na culinária doce, azeda e agridoce pelos nativos da Amazônia.

Ainda como uma homenagem à região, a cerveja traz na sua lata a imagem de uma onça-pintada. No Brasil, o animal está na lista de espécies ameaçadas de extinção. Dependendo da região, seu status é considerado de vulnerável a extinto. A ameaça principal é por conta da degradação ou fragmentação do seu habitat. A onça-pintada está presente em quase todos os biomas brasileiros, especialmente no Pantanal e na Amazônia. Na mata atlântica, onde o desmatamento reduziu a floresta a 15% de seu tamanho original, 80% das populações de onça-pintada desapareceram. A espécie também é ameaçada por pressão de caça.


Assim, a Noi vai destinar R$ 1 de cada lata vendida deste lançamento para a ONG Panthera Brasil, braço nacional de uma organização internacional, com sede nos Estados Unidos. Seu trabalho é voltado para a conservação desse tipo de felino.

De acordo com Fernando Tortato, biólogo que faz parte da equipe da Panthera Brasil, os recursos arrecadados com a venda da cerveja serão utilizados para atividades relacionadas à pesquisa e conservação da espécie no Brasil.


“A Noi que o cupuaçu abunda” já deveria ter chegado ao mercado há algum tempo, mas teve seu lançamento adiado, por conta da pandemia do Coronavírus. Segundo Bárbara Buzin, a Noi tem pelo menos mais um rótulo para chegar ao público, ainda em 2020.

“Este ano apresentou uma situação que nunca esperávamos viver e, apesar de todas as dificuldades, tivemos a oportunidade de desenvolver respostas e soluções para os problemas que se apresentaram. Criamos novos canais de venda e mesmo com o isolamento social nunca estivemos tão próximos dos nossos clientes. Postergamos os lançamentos previstos para o meio do ano, mas mantemos a previsão dos lançamentos de 2021. Ou seja, tem muita novidade e cerveja boa vindo por aí”.


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