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Cinebiografia de Ney Matogrosso estreia em 30 de abril

  • Foto do escritor: Sônia Apolinário
    Sônia Apolinário
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura



“Homem com H”, filme inspirado na vida de Ney Matogrosso estreia no próximo dia 30, nos cinemas de todo o país. Na obra, o cantor é interpretado por Jesuíta Barbosa.


O filme acompanha a trajetória de Ney de Souza Pereira, desde a infância até a sua consagração como um dos maiores artistas brasileiros. Escrito e dirigido por Esmir Filho, o longa-metragem conta com Jullio Reis (Cazuza), Bruno Montaleone (Marco), Hermila Guedes (Beíta, mãe de Ney), Rômulo Braga (Antonio, pai de Ney), Mauro Soares (João Ricardo), Jeff Lyrio (Gerson Conrad), Caroline Abras (Yara) e Lara Tremoroux (Regina).

 

Na infância e na adolescência, Ney morou com os pais e irmãos na pequena cidade de Bela Vista (MS). Os embates com o pai militar, que insistia que o menino “virasse homem”, o levaram a se afastar da família, antes de seguir na vida artística.


- Toda a repressão que Ney sofreu do pai fez aflorar o ser livre que ele se tornou. Ele diz que muitas escolhas que fez na vida foram para contrariar a vontade do pai - conta o diretor e roteirista Esmir Filho - Anos depois de sair de casa, Ney estreou em São Paulo como vocalista dos ‘Secos e Molhados’, ao lado de João Ricardo (Mauro Soares) e Gerson Conrad (Jeff Lyrio), dando início às performances históricas.  



Ao retratar o período da ditadura militar, “Homem com H” mostra que a vida de Ney está conectada com a história de um Brasil cercado pela opressão, mas que aspira à liberdade. Resistindo a toda forma de repressão da família e da sociedade, Ney Matogrosso desafiou preconceitos e inaugurou um estilo próprio. 

 

- Desde muito novo, eu escutava Ney e ele tirava a gente do lugar, seja sexualmente, seja musicalmente. Eu interpreto Ney dos 17 anos até quase 50 anos e pude ‘passar’ por esses anos todos trazendo essa energia latente dele, tão viva, tão intensa. O Ney tem uma integridade, uma ética e o filme mostra que tudo que ele escolheu e escolhe fazer é muito minucioso. Ele não faz nada que ele não quer - diz Jesuíta Barbosa, que aparece em cena com os figurinos de referências animalescas de Ney e as maquiagens inspiradas no Kabuki - tradicional teatro japonês. 

 

O filme também revela as paixões de Ney Matogrosso, entre elas Cazuza (Jullio Reis), um de seus grandes amores, e Marco de Maria (Bruno Montaleone), seu companheiro por 13 anos.


Cazuza, Ney e Marco em cena do filme
Cazuza, Ney e Marco em cena do filme

A trama é embalada por sucessos como “Rosa de Hiroshima”, “Sangue Latino”, “O Vira”, “Bandido Corazón”, “Postal de Amor”, “Não Existe Pecado ao Sul do Equador”, “Encantado”, e, é claro, “Homem com H”.

 

Um dos destaques da produção é a recriação dos mais marcantes shows da trajetória de Ney Matogrosso, entre eles a primeira apresentação dos Secos e Molhados na Casa de Badalação e Tédio (1972); seu primeiro show solo, “Homem de Neanderthal” (1975);  “Bandido” (1976); e o show em que Ney canta “Homem com H”, dirigido por Amir Haddad (1981). As diferentes fases de Ney Matogrosso também são exploradas nas apresentações do Circo Tihany (1984); no projeto “A Luz do Solo” (1986) - com destaque para a canção “O Mundo é um Moinho”, de Cartola; em “O Tempo não Para” (1988), de Cazuza, dirigido por Ney; em “As Aparências Enganam” (1993); e em seu mais  recente show, “Bloco na Rua” (2024). 

 

O diretor informou que Ney Matogrosso visitou o set e colaborou com a produção, "mas fez questão de não interferir em nada". O cantor gravou especialmente para o filme a versão de “Mundo é um Moinho”, com violão de João Camareiro, e dublou Jesuíta Barbosa na cena do coral de Brasília e também na música “Réquiem para Matraga", com Luli. Todas as outras músicas são fonogramas do Ney dublados por Jesuíta.



O que Ney disse sobre a obra:

 

- Sou feliz por ser a pessoa que sou e por fazer o trabalho que eu faço - tenho muito prazer com isso, ainda gosto muito. O filme é uma pedra a mais nessa construção. É a primeira vez que eu vou me ver numa tela. Já atuei, já me vi em documentários, mas nunca um filme de ficção. A obra vai contar a minha vida inteira - é claro que não vai caber a vida toda, é impossível porque a vida de ninguém cabe em uma ou duas horas. Mas eu sei que é uma opção da direção e do roteiro, um ponto de vista, e eu fico feliz de estar por perto para poder ajudar ao máximo, e para que seja o mais compatível com a minha história.

 

Confira o trailer, aqui

 


 

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