Debate sobre diásporas abre a Flip 2020
A escritora inglesa Bernardine Evaristo e a brasileira Stephanie Borges vão debater sobre “Diásporas”, na abertura da Flip 2020, quinta-feira, 3 de dezembro, às 18h. A edição deste ano da Festa Literária Internacional de Paraty será online e gratuita. O cantor e compositor Caetano Veloso será um dos participantes. O evento vai até domingo (6).
Bernardine Evaristo (na ilustração, à esquerda) nasceu e vive em Londres (UK). Com seu romance “Garota, mulher, outras”, venceu a última edição do Booker Prize, tornando-se a primeira autora negra a receber a premiação. O livro retrata 12 personagens mulheres e não-binárias. Juntas, compõem um retrato histórico – indo das colônias britânicas do Caribe à África – e contemporâneo da população negra na Grã-Bretanha.
A escritora carioca Stephanie Borges (na ilustração, à direita) teve seu livro de estreia “Talvez precisemos de um nome para isso”, de 2019, vencedor na categoria poesia do IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura.
Ao todo serão realizadas 12 mesas que debaterão temas como “Florestas Vivas”, “Autoritarismo” e “Ancestralidade”. A participação de Caetano Veloso será no sábado (5), às 20h30. Ele vai conversar com o escritor e filósofo espanhol Paul B. Preciado (foto) sobre “Transições”.
Os dois são símbolos de quebra de paradigmas de comportamento e essa mesa tem a liberdade como tema central. Nos arquivos da ditadura militar que justificaram o exílio de Caetano Veloso, poucos dias após o AI-5, o artista foi identificado como sendo “desvirilizante”. Já o escritor espanhol define-se hoje como “dissidente do sistema sexo-gênero”. Ele é um dos principais pensadores contemporâneos das novas políticas do corpo, gênero e sexualidade.
Este ano, Preciado lançou o livro “Um apartamento em Urano” e, durante a Flip, vai lançar “Pornotopia”. Já Caetano publicou, também este ano, "Narciso em Férias".
Nesta 18ª edição, pela primeira vez, não haverá autor homenageado. Os organizadores justificaram a decisão sob a alegação de que a pandemia do coronavírus causou a morte de “artistas imprescindíveis” à cultura brasileira, como o escritor Sergio Sant’Anna, o compositor e letrista Aldir Blanc, o artista plástico Abraham Palatnik e a regente japonesa naturalizada brasileira Naomi Munakata.
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