Polícia mineira investiga outra morte por suposta ingestão de cerveja contaminada
Esta semana, veio de Minas Gerais, mais uma vez, notícias de uma morte supostamente provocada por ingestão de cerveja contaminada. Agora, o rótulo envolvido é o Brussels, produzido pela Brasbev Indústria de Bebidas, com sede na cidade de Cláudio. A vítima foi um policial militar da reserva de 61 anos.
O policial morreu no dia 27 de maio, após ficar internado em um hospital de Juiz de Fora. De acordo com uma reportagem do UOL, foi feita uma biópsia renal na vítima que apontou envenenamento por dietilenoglicol. Essa mesma substância foi encontrada em rótulos da Backer que intoxicou 29 pessoas e levou sete delas à morte.
Em comunicado, a cervejaria negou utilizar a substâncias. De acordo com a nota oficial, a cervejaria usa "álcool etílico potável para o sistema de resfriamento na concentração de 18%".
Inicialmente, a Backer também negou o uso de substâncias tóxicas em qualquer etapa da sua produção de cerveja.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se manifestou no último 1 de junho dizendo que, até o momento, não há relação direta comprovada entre a morte do policial e a ingestão da bebida alcoólica. Portanto, a cervejaria não é obrigada a interromper sua produção.
A Brussels foi lançada pela Brasbev em 2019 com uma festa, em Belo Horizonte, tendo como garoto propaganda o jogador de futebol Ronaldinho. Em um site que registrou o evento, constam vários comentários elogiosos à cerveja. Porém, ano passado, alguns comentários foram feitos para reclamar da bebida.
Uns disseram que a cerveja estava com gosto de água sanitária, outros que estava com gosto de cloro. Ainda teve quem comentasse que a bebida saiu da garrafa "grossa igual clara de ovo". Os autores desses relatos contam que tentaram entrar em contato com a cervejaria para reclamar, mas não obtiveram sucesso.
Em 28 de março passado, um comentário registrou que a cerveja estava com "gosto de vinagre e cor de urina", mas que, mesmo assim, continuariam comprando a marca.
Na página do Facebook da Brussels, os comentários estão divididos entre elogios e a observação que a qualidade da cerveja caiu, desde o seu lançamento. Já no instagram, os comentários são majoritariamente elogiosos e alguns cautelosos. Defensores da marca falam que se trata de "fake news" (com direito a boletim de ocorrência) e que o "tribunal da Internet" está condenando a bebida por conta do seu crescimento, no mercado cervejeiro. Quando estourou o caso Backer, os amigos da marca disseram que se tratava de alguma sabotagem contra a empresa.
O caso está sendo investigado pela 6ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora.
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