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Sônia Apolinário

Nova temporada do MasterChef Brasil não quer isentões em cena

Ser isentão vai se mostrar ser um mau negócio até em programa de TV. Na oitava temporada do MasterChef Brasil, que estreia terça-feira, 6 de julho, às 22h30, na Band, as novas dinâmicas da competição vão obrigar os 23 participantes a se posicionarem, desde o primeiro dia. Na estreia, a atração terá como convidado especial o cantor Diogo Nogueira, que vai preparar um peixe de água doce.



Nessa temporada, a novidade é a chegada da chef Helena Rizzo para o grupo de jurados, formado também por Henrique Fogaça e Erick Jacquin. Ela substitui na função Paola Carosella, que deixou a atração ano passado.


Nesta edição, o reality de culinária volta ao seu formato original, quando o vencedor será quem vencer mais provas. Novas dinâmicas foram criadas. As principais são a caixa e o avental dourados. A diretora Marisa Mestiço explicou que a caixa pode conter uma vantagem ou desvantagem para quem a abrir. Já o avental é uma das formas do competidor se posicionar.


“O avental dourado ficará à disposição nas provas de equipe para quem se sentir prejudicado. Basta quebrar a caixa e pegá-lo que, automaticamente, assume o lugar de capitão”, contou ela.


Além disso, em cada prova, os jurados indicarão os três piores pratos e caberá à “turma do mezanino”, ou seja, os vencedores daquela rodada, salvar um dos três participantes para continuar no programa.


Na opinião da apresentadora Ana Paula Padrão, as novas regras fizeram com que o jogo se tornasse um dos ingredientes principais do programa, o que deixou a atração mais “apimentada”.


“Todos os participantes são bons cozinheiros, mas vão precisar ter estratégia, desde o início. Eles serão obrigados a se colocarem, no programa. Não vai dar mais para passarem despercebidos, ficarem em cima do muro”, observou a apresentadora.


Quanto à nova jurada, ela promete ser mais durona que a antiga, mas sem deixar de lado totalmente um certo ar brincalhão:


“Nos meus restaurantes, sou exigente. É preciso estar atento o tempo todo para não perder nenhum detalhe. Porém, é preciso manter o clima agradável e alegre na cozinha. No programa é a mesma coisa. É preciso falar as coisas, corrigir, mas tem que ter um certo tom para fazer isso. Quando tem espaço para brincadeira, eu brinco. Mas quando tem que ser exigente, eu sou".


Na coletiva de imprensa virtual realizada pela produção, na semana passada, Ana Paula contou que Helena já ganhou um apelido: Magali.


“É impressionante como ela come”, disse.


“Mas com tanta comida boa na nossa frente, temos que comer”, rebateu Helena, que também tem chamado a atenção, nos bastidores do programa, por cantar o tempo todo. “Estou me divertindo e me sentindo muito acolhida”.


Com a volta do formato original, a produção do programa espera contar com um fator extra estúdio: as torcidas que eles acreditam que o público passará a fazer pelos seus candidatos preferidos.


Com nove episódios já gravados, os jurados dizem não ter "preferidos". Porém, admitem que se esforçam para não se envolverem emocionalmente com nenhum deles.


“Não é uma questão de se apegar. É que a gente vê a evolução deles, percebe os potenciais. Lidamos com sonhos. Sempre me transporto para a dor de quem está saindo. Mas não tenho preferência”, afirmou Fogaça.


Jacquin, porém, desmentiu o colega:


“Temos nossas preferências, mas ninguém pode saber quais são”.


Helena admitiu que é difícil ter que eliminar um candidato, ainda mais quando ele vem mostrando evolução, mas comete algum pequeno deslize.


A diretor entregou o jogo:


“Os jurados sofrem com a eliminação. Afinal, são três seres humaninhos. Eles precisam ser técnicos e, no programa, às vezes, um único erro pode ser fatal”.


Estreia


O cantor Diogo Nogueira, que chegou a lançar um livro de culinária no ano passado, vai preparar um peixe de água doce “perfeito”. As opções que ele teve foram Traíra, Piau, Pintado, Curimba, Pacu e Tambaqui. Antes, a nova jurada deu uma verdadeira aula sobre pescado brasileiro.



Em uma das provas do primeiro programa, os competidores ficarão em frente a uma mesa com 60 ingredientes variados, em formato de cubos. Vendados, terão que identificar o que estão provando.


Na primeira eliminação da temporada, os aspirantes a chef serão desafiados a preparar um bolo em camadas chamado “Devil’s food cake”. Trata-se de um tradicional doce da gastronomia americana que tem massa, recheio e cobertura de chocolate.


O vencedor final da competição, além de um troféu, receberá R$ 300 mil.

Os participantes



Dois dos 23 participantes já competiram na versão infantil do programa, o MasterChef Junior, exibido em 2015. São eles Daphne e Eduardo, ambos paulistas, atualmente com 19 anos.


Daphne participou do MasterChef Júnior quando tinha 13 anos. Na época, ganhou uma prova de empanadas e a receita entrou para o cardápio do La Guapa, da chef Paola Carosella. Nascida em São Paulo, mora atualmente na Praia Grande. É skatista profissional e pratica surfe, mas continua se aperfeiçoando na cozinha. Gosta de juntar os elementos para formar a receita, pensando no sabor, na textura, na apresentação e em como a pessoa vai se sentir quando receber o prato. Tem boas memórias da passagem pelo programa há seis anos e acredita que será uma grande experiência poder retornar à cozinha mais disputada do Brasil. Entre as maiores inspirações está o chef Grégoire Berger, que atua em Dubai.


Eduardo ficou em quarto lugar e prometeu que voltaria para ganhar o título. Mais maduro, acredita que conseguirá lidar melhor com as questões emocionais e com o espírito de competitividade. Com mais de 700 mil seguidores no Instagram, atualmente faz faculdade de Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas e quer usar o curso para potencializar sua gastronomia, criando negócios a partir disso e aprendendo questões de gerenciamento para não falir. Ao longo dos últimos seis anos, aprimorou as técnicas, enxergou o que havia feito errado e aprendeu a fazer o básico bem-feito. Se conquistar o prêmio, deseja usar o dinheiro para fazer um mestrado na França, na melhor faculdade de Administração da Europa.


Também com 19 anos, o mineiro Gabriel é natural de Andradas (MG), acredita estar vivendo um sonho. Sempre observou a mãe e a avó cozinhando. Com 14 anos, passou a se aprofundar mais no assunto, começou a comprar livros, estudar e assistir às temporadas do MasterChef. Para ele, participar do programa lhe ajudará de uma maneira mais profissional a entrar no mundo da gastronomia. Ganhando ou não o troféu, o estudante de Engenharia Civil pretende fazer estágios em restaurantes de chefs que admira e, depois que adquirir bastante conhecimento, montar o próprio negócio. Entre as inspirações estão Erick Jacquin, Alex Atala, Helena Rizzo e Emmanuel Bassoleil.


Antônio, de 23 anos, é nascido em Maceió (AL), mora em Aracaju, ama gastronomia e futebol. É analista de marketing no Club Sportivo Sergipe e começou a se interessar pela culinária pelo simples fato de gostar muito de comer e não querer depender de ninguém. Se inspira muito na mãe, que sempre foi uma cozinheira de mão cheia. Procura ser muito criativo e trazer ingredientes que não são típicos para as receitas dele. Acredita que desde que o MasterChef estreou no Brasil, a cultura da gastronomia no país mudou bastante. Quase ninguém tinha interesse em conhecer as técnicas, os nomes, os processos e a metodologia dentro de uma cozinha antes do programa. Um dos pontos mais difíceis da competição, para ele, tem sido o confinamento, já que gosta de interagir com as pessoas o tempo todo. Lutador de karatê, vai usar o aprendizado em artes marciais para tentar manter o foco e a concentração nas provas. Independente de ganhar ou não o troféu, deseja abrir uma hamburgueria – paixão que carrega na pele em forma de tatuagem - e testar diferentes possibilidades, como hambúrguer japonês, tailandês, italiano, entre tantos outros.


Isabella, de 25 anos, é nascida em Florianópolis (SC), mora há 12 anos em São Paulo, é atriz, (ex-Malhação), dona de uma marca de roupas e tem quase 1 milhão de seguidores no Instagram. Filha do medalhista olímpico Fernando Scherer (Xuxa), sempre se interessou por gastronomia, mas começou a cozinhar para valer aos 16 anos, quando sentia vontade de comer algum prato específico, mas não tinha dinheiro para ir ao restaurante. Quando isso acontecia, ligava para a mãe perguntando o passo a passo da receita. Define sua cozinha como autoral por ser uma mistura de tudo o que já teve contato. Nunca se deslumbrou com a fama, por isso se considera uma pessoa comum que está no programa para jogar, se divertir, aprender e viver essa experiência da melhor maneira possível. Acredita que o MasterChef vai ajudá-la a entender em que área da gastronomia deseja realmente atuar.


Amanda, de 26 anos, é nascida no Rio de Janeiro e mora em Brasília há três anos. É formada em Design de Interiores, mas está desempregada e encara o MasterChef como um recomeço. Desde criança, ficava em cima do sofá olhando a mãe cozinhar e lembra de ter mexido uma panela de arroz pela primeira vez aos cinco anos. Na adolescência, participava de ações sociais com os pais na igreja e vendia lanches ao final do culto. A paixão pela culinária só ganhou força quando decidiu ir morar com o namorado na capital do país. Fã do talent show da Band, costumava assistir todas às provas e reproduzir alguns pratos até que tomou coragem para se inscrever, de forma despretensiosa. Caso ganhe o troféu, pretende se aprimorar na área gastronômica e ter o próprio negócio para dar oportunidade a profissionais que estão começando e não conseguem o primeiro emprego.


Kelyn, de 28 anos, é natural de Canarana (MT), cresceu frequentando criações de gado, galinhas e cordeiros. O interesse pela gastronomia começou por ter uma relação muito limitada com a alimentação. Na época em que cursava Direito, vivia de macarrão instantâneo, hambúrguer e sentia enjoo só de colocar qualquer vegetal na boca. Com a estreia do MasterChef na Band, em 2014, decidiu encarar os fogões, replicar os pratos do programa e ressignificar a comida. Morando em São Paulo há pouco mais de dois anos, estuda Nutrição na USP e espera evoluir muito durante os episódios para continuar ensinando sobre alimentação saudável nas redes sociais. Para ela, esse é um modo de reafirmar para si mesma que pela primeira vez está fazendo algo que realmente gosta e que pode dar certo. Obstinada, garante que chega pelo menos ao top 5, mas o grande sonho é levar o troféu para casa.


Pedro, de 29 anos, é catarinense de Campos Novos. Arquiteto, cansou da profissão e vê na gastronomia uma nova oportunidade de trabalho. Morou em várias cidades do sul do Brasil, mas recentemente decidiu voltar para Curitiba com a noiva. Carrega consigo influências culinárias passadas pelo pai, que morou no Japão por um tempo. Foi com ele que deu os primeiros passos na cozinha ainda na infância. Após ter passado um ano e meio na Austrália e ter contato com a culinária local, consegue se definir como um cozinheiro especialista em compor sabores, equilibrar texturas e é assim que pretende surpreender o paladar dos jurados. Para ele, cozinhar é um momento de relaxar e colocar a criatividade em prática.


Ana Paula, de 30 anos, é uma gaúcha natural de David Canabarro, mas mora em Passo Fundo, também no Rio Grande do Sul. De origem humilde, é bem estudiosa e dedicada. O contato com a gastronomia começou cedo, aos oito anos, quando precisou assumir algumas tarefas domésticas enquanto a mãe trabalhava fora. Aos 16 anos, iniciou a carreira de modelo e passou a sofrer de anorexia. Certo dia, ao ser criticada pela magreza, chegou em casa e preparou um bolo, o que lhe gerou um sentimento diferente. Era aquilo que queria para a vida: fazer comida, comer sem culpa e servir outras pessoas. Decidiu, então, abandonar as passarelas e se aproximar cada vez mais do fogão. Viciada no MasterChef, assistiu pelo menos três vezes cada edição e largou o atual emprego como fonoaudióloga de deficientes auditivos para se dedicar integralmente ao programa. Acredita que vá chegar longe na competição e, se ganhar, planeja abrir um gastrobar.


Heitor, de 30 anos, participou do MasterChef 2020, tendo vencido o sexto episódio. Participou ainda da edição especial com os vencedores da temporada e chegou à etapa final. Nascido e criado em Campinas, no interior de São Paulo, aprendeu a cozinhar com a mãe ainda na infância. No entanto, a paixão pela gastronomia foi aflorada quando passou dez meses morando na Nova Zelândia. Adora viajar e já esteve em 26 países. Na bagagem, traz um bom repertório de comida internacional. Se sente lisonjeado e motivado pela oportunidade de retornar à cozinha mais disputada do país, mas acredita que a cobrança será ainda maior. Analista de Sistemas, tatuou o símbolo do programa e diz que está de volta para levar o ouro não só pelo dinheiro, mas também pela visibilidade que a atração proporciona.


Luiz, de 31 anos, é carioca. Analista financeiro de uma grande empresa, no Rio de Janeiro, descobriu a paixão pela gastronomia ainda na infância. Nascido em uma família de cinco irmãos, tem recordações da mesa farta com muita alegria. Na adolescência, recebia os colegas em casa e sempre preparava algo para comer, nem que fosse um macarrão instantâneo mais elaborado, o que já rendia vários elogios. Com o passar dos anos, o gosto pela culinária foi aumentando e passou a estudar mais sobre o assunto. Acredita que o MasterChef pode dar um empurrãozinho para mudar definitivamente de profissão. Se ganhar o prêmio, vai usar parte do dinheiro para casar e a outra parte investir em conhecimento, já que o maior sonho é trabalhar com algo que toque e transforme o coração das pessoas, como a comida faz.


André, de 32 anos, é paulista. Nascido em uma família de italianos e nordestinos, é formado em Administração e atuava no mercado financeiro, mas quase surtou por trabalhar 18 horas por dia. Decidiu, então, abrir uma startup de pintura, que conecta equipes que existem no mercado com obras tanto residenciais quanto comerciais. Descobriu a paixão pela gastronomia aos 19 anos, quando foi morar na Inglaterra para estudar inglês e se viu obrigado a preparar a própria comida. Define sua cozinha como clássica e se preocupa muito com as cores dos pratos. Bastante dedicado e perfeccionista, chegou a fazer 20 carbonaras em um só mês até sair como queria. Tem planos de abrir um restaurante, mas cogita também um negócio menor, como uma rede de lanchonetes com algum produto específico. Enxerga o MasterChef como uma oportunidade de descobrir se é realmente bom na cozinha.


Raquel, 35 anos, Bahia

A paixão pela cozinha começou aos seis anos, quando passava as tardes assistindo aos programas de culinária enquanto tentava anotar as receitas da televisão mesmo sem estar totalmente alfabetizada. Com o passar do tempo, aprendeu com o pai a apreciar a alta gastronomia, frequentando restaurantes com estrela Michelin. Nascida em Salvador, morou na Suíça, em Boston e em Nova York. Atualmente, trabalha como analista financeira na empresa da família, mas é diante do fogão que realmente ganha autonomia e confiança. Acredita que o veículo da arte dela sempre foi a culinária. Enquanto algumas pessoas dão presentes, falam verbalmente ou fazem gestos de carinho para evidenciar o amor, ela prefere demonstrar cozinhando. Comunicativa, quer apresentar um repertório culinário diversificado e ter a chance de trilhar o próprio caminho vencendo o MasterChef, mas sem criar grandes expectativas.


Renato, de 35 anos, é de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, e também é ex-participante do MasterChef 2020 (19º episódio). Embora tenha perdido o troféu ao errar uma panna cotta, chamou a atenção pela autoconfiança. De personalidade forte, foi criado na roça, onde tinha contato direto com os alimentos cultivados pela família e assim foi tomando gosto pela gastronomia. Casado e pai de três filhos, trabalha como engenheiro ambiental e sanitarista e vê no programa a oportunidade de fazer uma transição de profissão de forma mais confortável, sem afetar as finanças da casa. Decidiu se inscrever novamente no programa por causa do filho mais velho, de 8 anos, que sempre o questionava se estava triste por ter sido eliminado. Sempre explicava que quando se cai, deve-se levantar e continuar lutando, sem desistir dos objetivos. Benjamin ainda não sabe que o pai estará na televisão. Assim que veio para o confinamento em São Paulo, ladrões entraram na residência da família e levaram tudo. Renato chegou a pensar em desistir do programa, mas a mulher o incentivou a continuar. Estrategista, se sente mais confiante por já saber a dinâmica do talent show, mas ao mesmo tempo acredita que a pressão será ainda maior.


Tiago, de 36 anos, é nascido em Brasília, trabalha na área de marketing, influência e gestão. As primeiras lembranças com a culinária vêm dos programas televisivos que assistia quando chegava da escola. No MasterChef, quer apresentar uma cozinha que desperte a memória afetiva e conquiste o paladar dos jurados. Já fez mochilão por Bali, Tailândia e Estados Unidos. É muito preocupado com a estética dos pratos, adora trabalhar com peixes e frutos do mar, mas se considera um cozinheiro versátil. Garante que é bom com imprevistos. Amante de jogos de tabuleiro, tem fortes estratégias para se dar bem na competição e não vai medir esforços para se tornar o grande MasterChef 2021. Caso isso aconteça, não quer só abrir um restaurante, mas também ser um fomentador da gastronomia e dar visibilidade ao que considera importante dentro da área, como cultura, tradição e técnica.


Juliana A., de 37 anos, é uma mineira que também participou do MasterChef 2020 (terceiro episódio). Ela gosta de contos de fadas, é formada em Educação Física, tem pós-graduação em Moda e é dona de uma marca de roupas íntimas. Dedicada, sempre que pode entra em uma livraria e fica folheando livros de gastronomia. Durante a pandemia, aproveitou para estudar ainda mais e espera conseguir colocar em prática tudo o que aprendeu. Nascida em Passos, se diz muito grata por ter conseguido vestir novamente o avental do programa. Dessa vez, quer passar por todas as vivências e ter contato com alimentos que só conhece por foto. Se ganhar o prêmio, pretende abrir uma rede de restaurantes brasileiros que sirva pratos com sabores de Norte a Sul do Brasil.


Ana Karina, de 40 anos, é pernambucana. Vinda do Recife, é oftalmologista e morou na Inglaterra, em Ribeirão Preto (SP) e no Rio de Janeiro. Nunca teve estímulo dentro de casa para cozinhar, mas sempre gostou de tudo o que é ligado à gastronomia. Depois de adulta, passou a preparar alguns pratos e a conquistar muitos elogios. Adora enfeitar as receitas com bastante cor e exuberância, além de mesclar a cozinha recifense com a gastronomia internacional. Protetora dos animais, tem onze gatos e, se ganhar o MasterChef, planeja conciliar a carreira de médica com um Cat Café - local onde são disponibilizados gatos para adoção enquanto as pessoas podem tomar um café e degustar algum alimento. O dinheiro adquirido com as vendas ajuda a manter os felinos enquanto eles não são adotados. Apesar do jeito delicado, se diz destemida e batalhadora.


Bernardo, de 40 anos, é nascido no Rio de Janeiro, em uma família com ascendência árabe. Formado em Administração, morou nos Estados Unidos por quatro anos e chegou a servir o exército americano. De volta ao Brasil, trabalhou no escritório de advocacia do pai, foi sócio de uma rede de churrascaria, deu aulas de instruções no Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e atualmente é empresário no ramo armamentista. A paixão pela gastronomia começou ainda na infância, quando a família se reunia nas refeições e passava horas conversando. Acredita que a pressão no programa não será um problema, já que nunca encontrou situações confortáveis na vida. Define sua cozinha como moderna, com mistura de sabores. Viu no MasterChef a possibilidade de se reinventar. Quando assistia ao programa, ficava imaginando o que faria em determinadas situações e, por ser movido a desafios, decidiu mergulhar nessa experiência.


Helena, de 43 anos, é uma mineira que mora em Barcelona há 18 anos. Tem muita vontade de voltar para o Brasil, mas as duas filhas - de 8 e 10 anos - não querem. Formada em Jornalismo, largou a carreira para administrar a clínica dentária do marido. Há cinco anos, não sabia fritar um ovo sequer e fazia qualquer coisa para entrar em uma calça 36. Depois da maternidade, descobriu que não queria que as herdeiras tivessem essa mesma relação com a comida e passou a encarar os fogões. Em 2019, criou o perfil “Panelas e Passarinhos” no Instagram, onde mostra as criações do dia a dia a mais de 75 mil seguidores. Se inscreveu pela primeira vez no MasterChef no ano passado, passou nos testes, mas logo começou a pandemia e precisou voltar para a Espanha. Define sua cozinha como mediterrânea e, por já ter viajado muito, pretende unir as raízes brasileiras com algo mais globalizado. O confinamento tem sido um dos maiores desafios. Por causa do fuso horário, só consegue falar com a família até às 16h, mas quando decidiu entrar no programa, sabia que nada seria fácil.


Juliana N., de 46 anos, é uma paulista nascida em Taubaté, criada no Rio Grande do Sul, que atualmente mora em Jaraguá do Sul (SC) com o marido e o filho de dez anos. É estilista há 25 anos e veio para o MasterChef para encarar novos desafios, já que não os encontra em sua carreira. Conheceu cerca de 30 países em viagens a trabalho e passou a frequentar muitos restaurantes, o que a possibilitou experimentar sabores diferentes. Foi a partir daí que começou a nascer o interesse pela gastronomia. Como o filho nasceu com alergia a muitos alimentos, precisou revolucionar a maneira de lidar com a alimentação e despertou, então, uma nova vocação de vida. Com vasta bagagem internacional, acredita que transformar o luxo no simples, sem perder a essência, é seu estilo na cozinha e está preparada para levar o grande título para casa.


José Sérgio, de 50 anos, é pernambucano, natural de Canhotinho, mas mora em São Paulo desde os 7 anos de idade. Representante comercial, é apaixonado pelo Carnaval e faz parte da comissão de frente de uma escola de samba. A relação com a gastronomia surgiu ainda na infância, quando passava horas na barra da saia da avó materna observando-a cozinhar. Só começou a pilotar o fogão mesmo aos 22 anos, quando deixou a casa dos pais para morar sozinho. Na primeira experiência, quase colocou fogo no apartamento por esquecer de colocar água no arroz de micro-ondas. A partir daí, percebeu que precisava aprender a preparar a própria comida porque não tinha condições de custear o apartamento e ainda comer fora. Costuma dizer que o ato de cozinhar é o maior feitiço que existe, já que a mão que mexe a panela, dependendo do que coloca ali, pode levantar ou derrubar alguém. Otimista, tem certeza de que vai ser o novo MasterChef Brasil. Com o prêmio, pretende abrir um instituto para alimentar pessoas carentes com o nome da mãe, Cícera, que morreu há um ano e meio vítima de um infarto.


Cristina, de 51 anos, é uma baiana, filha de uma cozinheira. Foi criada no subúrbio de Salvador e, desde pequena, prepara pratos para a família. É bastante confiante no tempero que faz e tem um bom repertório na cozinha regional. Coordenadora pedagógica, descobriu que queria se dedicar ao ramo da gastronomia durante a pandemia, quando entrou em depressão. Com a ajuda de uma sobrinha, se inscreveu no MasterChef para testar as habilidades. Define seu estilo como brasileiro, mas com um certo refinamento. É fã da culinária francesa, país onde morou por quatro meses. Quando estava lá, o passatempo preferido era encarar as panelas, ir à feira todos os dias e visitar algum restaurante diferente. No programa, pretende fazer uma releitura dos pratos baianos para que eles ganhem um outro olhar, não em questão de sabor, mas em empratamento. Se vencer, quer abrir uma escola internacional de gastronomia e um restaurante chamado “Quitanda”.


Márcio, de 52 anos, é paulista. Professor de teatro e ator, encara a gastronomia como arte. Desde criança admirava a mãe na cozinha e colecionava escondido revistas de receitas. Mas, a oposição do pai conservador, reprimiu seu gosto pela culinária. Foi casado por 14 anos com a mãe de seus três filhos e, graças a eles, mergulhou realmente no mundo das panelas. Após a separação, se assumiu homossexual e entendeu que existiam várias possibilidades de amar e se relacionar. Nesse processo, foi quando mais encarou o fogão. Em uma época complicada da vida, chegou a vender bolo em ônibus para pagar as passagens e o lanche. Depois de muitos anos, hoje se sente mais livre e acredita ter se encontrado dentro da cozinha. Enxerga o confinamento como um privilégio, por isso está tentando aproveitar cada momento ao máximo. No MasterChef, quer provar para si mesmo que nunca é tarde para encarar novos desafios e fazer o que ama.


Veja a abertura do MasterChef 2021 com seus participantes. O programa será exibido toda terça-feira, às 22h30, na Band com transmissão simultânea no Portal da Band e no aplicativo BandPlay. A partir de 9 de julho, a atração também será exibida no canal Discovery Home & Health, toda sexta-feira, às 19h40.
















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