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Sônia Apolinário

Três cervejarias do Rio de Janeiro em destaque no Mondial de la Bière

Lupulinário deu um zoom em três marcas do Rio de Janeiro: Búzios, Sundog e Odin.



Confira:





Búzios


A cervejaria Búzios recém-inaugurou sua fábrica no balneário que homenageia, no bairro Aretê - que, inclusive, dá nome à Session IPA da marca.



O objetivo da cervejaria é que a fábrica seja Carbono Zero. Clique aqui e faça um tour pela fábrica, guiado pelo cervejeiro e sócio da marca, Luiz Rogério.


A inauguração, no dia 26 de novembro, foi uma espécie de esquenta para o Mondial de la Bière, com o lançamento da New England IPA (Neipa) Caravelas (vídeo).



No festival, a Búzios vai lançar a APA Brasil e uma Hop Lager. Ao todo, estarão plugadas no estande da marca: Aretê (Session IPA), Forno (Irish Red Ale), Brigitte (Witbier), Brava (American IPA), Manguinhos (Munich Dunkel), Ferradura (Belgian Strong Golden Ale), Geribá (Premium American Lager), Oktoberfestbier (Marzen, lançamento recente feita em parceria com Tio Ruy), Bravíssima (Imperial IPA), Cést la Vie (Hop Lager com lúpulos franceses), Caravelas (Neipa) e Brasil (APA).


Sundog


Especializada em cervejas históricas, a cigana Sundog vai levar os seguintes lançamentos para o Mondial de la Bière, comentados por Sergio Fonchaz, um dos sócios da marca:


Awari (6% ABV): uma cerveja inspirada no caxiri, um fermentado de mandioca das tribos indígenas do Xingu.

“O caxiri é uma bebida indígena feita da fermentação exclusiva da mandioca. Nós fizemos uma cerveja com adição da mandioca fermentada e utilizamos parte desta levedura também na segunda fermentação, o que trouxe uma leve acidez para o produto final”.


Burukutu (6%) : uma cerveja africana feita de sorgo e milheto, dois grãos típicos do continente africano.

“Foi um grande desafio fazer essa cerveja por conta do uso de grãos com os quais nunca trabalhamos antes, como o sorgo e o milheto. Fazer uma receita com grãos desconhecidos é sempre um risco, pois o resultado beira o imprevisível. Porém, deu tudo certo. A cerveja ficou espetacular e pode surpreender muito a quem escolher prová-la. Essa cerveja é não filtrada e não maturada, aparentando certa turbidez. Tem notas dos grãos africanos bem acentuadas, aroma de pão e biscoito e espuma persistente”.


Xokolatl (8% ABV, 25 IBU): inspirada na lendária bebida Maia, foi feita com cacau da Guatemala e pimenta chilli.

“Essa é uma cerveja de alta complexidade e generoso aroma de chocolate. Encorpada, com espuma densa e notas de caramelo e torrado. A picancia da pimenta chilli aparece no retrogosto”.


Flower Sour: inspirada na bebida dos povos aborígenes, produzida a partir de fermentação de pólen e flores.

“Na Flower Sour usamos flores comestíveis, tendo como protagonista a Kimberley Bauhinia australiana, da árvore que os aborígenes chamavam de Jigal tree ou Joomoo”.


Rogue (5,5% ABV): conta a história da Roggenbier, cerveja tornada ilegal na Alemanha pela Lei de Pureza do país. Isso porque tinha sido proibido o uso de centeio na produção da bebida.

“A Rogue é uma Roggenbier. É leve, cobreada, com certa turbidez, sabor picante e aroma cítrico, típicos das cervejas de centeio”.


A Awari e a Burukutu foram feitas em parceria com a Firjan-Senai:


“O apoio da escola de tecnologia cervejeira da Firjan-Senai foi na fase de teste da receita, feita em pequena quantidade, nas dependências da escola, com a participação dos alunos. Essa parceria foi importante para promovermos os ajustes necessários para a produção definitiva em fábrica, que resultou na cerveja que será lançada no Mondial. Como contrapartida, promovemos um bate papo sobre os desafios da produção de cervejas históricas e um panorama sobre o mercado cervejeiro”.


No estande da Sundong ainda estarão as já clássicas da marca: Black Magic, Gods IPA, Sahti, Hella, Pictii, Dogfest, Ode a Hesat, Ode a Ninkasi e Bretwalda, o mais recente lançamento da marca, anterior ao festival. Saiba detalhes sobre essas cervejas clicando aqui


Odin


Um hidromel com amoras, de 11% de teor alcoólico, será o principal lançamento da cervejaria de Petrópolis no Mondial de la Bière. A marca também levará para o evento suas primeiras produções que foram envasadas em latas, ao invés de garrafa: New England IPA e Viking Imperial IPA, lançadas recentemente.



“Geralmente, as pessoas associam hidromel a bebida adocicada, meio enjoativa. O nosso é seco, com bastante sabor de amora e um aspecto de champagne. Usamos, inclusive, levedura de champagne que não deixa ficar adocicado. Alcancei o que eu queria com essa bebida, que ficou bastante equilibrada. Acho que nosso hidromel vai surpreender o público do Mondial”, comenta Flávio Fiori, cervejeiro e sócio da marca.


Segundo ele, a espinha dorsal da Odin é “fazer estilos clássicos bem feitos”, mas faltava o hidromel, a bebida dos deuses nórdicos e seu povo, os vikings.


Ao todo, o estande da marca terá 10 torneiras ocupadas com Pilsen, Black Lager, Vienna Lager, Coffee Blond, Belgian Tripel (campeã do Mbeer Contest 2021 no voto popular), IPA e as novidades New England IPA, Viking Imperial IPA e Hidromel com Amoras.


Saiba mais sobre a New England IPA e a Viking Imperial IPA, aqui


A Odin está há cinco anos no mercado. Agora, o “Grande Deus Nórdico” está pronto para dar novos passos. Para 2023, a meta é expansão. Um dos focos será ampliar a capacidade de produção da fábrica, que fica em Itaipava, distrito de Petrópolis, sede da marca.


Para captar recursos, os sócios vão abrir o capital da empresa para “investidores estratégicos”, como dizem. Algumas conversas já começaram.


O uso de latas está relacionado com essa expansão, bem como ter alguns rótulos em long neck, como a IPA, por exemplo. O bar da marca, que fica em Petrópolis, também é algo que poderá vir a ser “exportado”.


O Casarão Odin foi inaugurado há um ano. Ocupa uma área de 640 metros quadrados e oferece quatro ambientes para os consumidores. Costuma receber cerca de 600 pessoas, em um único dia, nos finais de semana. Dê uma volta pelo Casarão aqui




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