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Sônia Apolinário

Viradouro levará o culto à serpente para o Sambódromo do Rio em 2024


A Unidos do Viradouro terá como enredo para o Carnaval 2024 “Arroboboi, Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodum serpente. O anúncio foi feito na quinta-feira (20) pelas redes sociais da escola.


No Egito, a serpente era venerada e encarregada de proteger locais e moradias. Cleópatra era uma sacerdotisa que venerava a serpente. Todos os seus pertences e adornos eram em formato de cobras e similares. Este ritual cresceu através do Rio Nilo para as diversas regiões africanas.


No Antigo Dahomé, esta adoração se intensificou e lá Dan, como é chamada a Serpente Sagrada, transformou-se no maior símbolo daquele povo, também sendo chamado pelo nome de Vodun-Besen. Já os yorubás chamavam esta Divindade de Oxumarê ou a Cobra Arco-íris; e os Bantos, tinham uma divindade similar chamada de Angôro.


“Força que se manifestou desde épicas batalhas na Costa ocidental da África e que influenciou as lutas das guerreiras Mino, do reino de Daomé, iniciadas espiritualmente pelas sacerdotisas voduns, dinastia de mulheres escolhidas por Dangbé”, foi a forma como a escola descreveu o significado do seu enredo.


De acordo com a Viradouro, a energia do culto à serpente se estabeleceu no país com a instalação de terreiros na Bahia por Ludovina Pessoa, sacerdotisa daomeana “que veio para o Brasil com a missão de perpetuar a crença nos voduns”.


Ludovina também se torna liderança nas irmandades católicas e na formação do que hoje é o candomblé Jeje. Essa linhagem tem como referência o Terreiro do Bogum, centenário templo religioso, em Salvador, dedicado à Serpente.


Publicado originalmente no site A Seguir Niterói

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